Thursday, November 18, 2010

Diz o demônio Screwtape, em "The Screwtape Letters" de C. S. Lewis:
"Certamente nós não queremos que os homens permitam que seu Cristianismo flua para a vida política, pois o estabelecimento de algo que se aproxime de uma sociedade justa seria um grande desastre. 
Mas por outro lado, nós queremos, e queremos muito, que os homens tratem o Cristianismo como um meio... 
A coisa a fazer é conseguir que um homem coloque em primeiro lugar a justiça social como uma coisa que o Inimigo (isto é:  Deus) exige, e então trabalhar nele até o estágio em que ele valorize o Cristianismo porque ele pode produzir justiça social...
'Creia nisso, não porque seja verdadeiro, mas por alguma outra razão.' Esse é o negócio."
Em outras palavras, devemos buscar primeiro o Reino de Deus, e todas as demais coisas nos serão dadas por acréscimo. É errado buscar o Cristianismo por seu 'valor material' em vez de buscá-lo por ser intrinsecamente belo e verdadeiro.

- baseado no livro "The System of Antichrist:  Truth and Falsehood in Postmodernism and the New Age", por Charles Upton.

Saturday, November 13, 2010

Dez Segredos para um casamento bem sucedido

Antes dos 10 segredos, duas estatísticas muito importantes:

50% de todos os casamentos terminam em divórcio (e não há diferença entre casais Cristãos e não Cristãos)

... entretanto ...

de todos os casais que oram juntos, apenas 0.3% se divorciam.

Esses fatos foram revelados pelo estudo publicado no Journal of Marriage and Family, de agosto de 2010 (The Couple That Prays Together: Race and Ethnicity, Religion, and Relationship Quality Among Working-Age Adults (págs. 963–975), dos pesquisadores Christopher G. Ellison da Univ of Texas em San Antonio, Amy M. Burdette da Univ. of Florida e W. Bradford Wilcox da Univ. of Virginia).

Essa estatística comprova que a oração do casal ao Senhor é uma verdadeira bala de prata que mata o monstro do divórcio. 
oração do casal deve ser feita à sós (sem as crianças) onde um dos cônjuges ora e depois o outro ora em presença um do outro. 

Se apenas um orar, o percentual de divórcio é maior. Nas orações os cônjuges devem expressar entre si e para Deus os desejos, preocupações, medos, anseios e necessidades de cada um. 
 
Não apenas essa oração em conjunto traz um nível mais profundo de intimidade, abertura, transparência e respeito mútuo, mas também Deus atende as orações, trazendo maior satisfação com o casamento.


10 segredos para um casamento bem sucedido
por Mitch Temple

Os casais bem sucedidos são mais aplicados. Eles lêem livros, comparecem a seminários, procuram artigos na internet e observam outros casais bem sucedidos. No entanto, os casais bem sucedidos contam que também aprendem com a experiência - tentativa e erro.

Eis 10 princípios de sucesso que eu aprendi trabalhando e observando centenas de casais:

1) A felicidade não é a coisa mais importante
Todos querem ser felizes, mas a felicidade vem e vai. Os casais bem sucedidos aprendem a intencionalmente fazer coisas que trazem a felicidade de volta quando a vida os afasta dela.

2) Os casais descobrem que "aguentar firme" é de importância fundamental
Quando as coisas ficam difíceis e os casais não sabem o que fazer, eles precisam se segurar e continuarem presentes para seu esposo/esposa. O tempo é um meio de ajudar os casais a resolverem problemas. O tempo dá oportunidade de reduzir o estresse e superar os desafios.

3) Se você fizer o que sempre fez, terá sempre o mesmo resultado
Os casais sábios aprendem que você deve tentar resolver problemas de forma diferente para obter resultados diferentes. Normalmente, pequenas mudanças na abordagem, na postura e nas ações fazem uma grande diferença no casamento.

4) A sua postura é importante
A mudança de comportamento é importante, mas também devemos mudar a nossa perspectiva. Uma perspectiva ruim resulta em maus sentimentos e más ações.

5) Mudando a sua mente, você muda seu casamento
O modo como os casais pensam e o que cada um acredita sobre seu cônjuge afeta a percepção que eles têm um do outro. O que eles esperam um do outro e como eles tratam um ao outro é muito importante.

6) A grama fica mais verde onde você regar
Os casais bem sucedidos têm aprendido a rejeitar o ditado "a grama do vizinho é mais verde" - isto é, a crença de que outra pessoa a faria mais feliz. Esses casais aprenderam que devem investir suas energias em melhorar a si mesmos e seu casamento.

7) Você pode mudar seu casamento, mudando a si mesmo primeiro
Os casais veteranos aprenderam que tentar mudar seu cônjuge é como tentar empurrar uma corda - não funciona. Normalmente, a única pessoa que eles podem mudar em seu casamento são eles mesmos.

8) Amar é uma ação e não um sentimento
Cada dia que passa apaga um pouco do "lado bom do casamento", que nos faz sentir bem. As sensações, como a felicidade, flutuam. Mas o amor verdadeiro é baseado nos votos de compromisso do casal:  "na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, ..." - quando nos faz sentir bem e quando não faz.

9) A luta do casamento normalmente é combatida entre a sua orelha direita e esquerda
Os casais bem sucedidos aprendem a se recusar a manter ressentimentos, lembrar do passado e se lembrar de que se casaram com uma pessoa imperfeita - assim como seu cônjuge.

10) Uma crise não significa que o casamento acabou
As crises são como tempestades:  barulhentas, assustadoras e perigosas. Mas para atravessar uma tempestade você deve continuar dirigindo. Uma crise pode ser um novo começo. É do sofrimento que os melhores casamentos e as melhores pessoas surgem.

O Poder de um Nome

O Poder de um Nome
por Bill Gothard

“Você nunca será alguém!”

As palavras soavam nos ouvidos de Ralph e ecoavam em sua alma. Seu pai o havia atacado com essa acusação inúmeras vezes ao longo dos anos. Nada que Ralph fizesse desde a época em que ele era um garotinho jamais parecia bom o bastante para o seu pai severo e perfeccionista. Não importa o quanto ele se esforçasse, ele nunca conseguia obter a aprovação total de seu pai.

Ralph cresceu e foi fechando seu espírito para o seu pai. Era a maneira dele dizer, “Eu vou fazê-lo lamentar-se por ter me ferido e eu vou cortar você da minha vida para que não possa me ferir mais.”

Com o tempo, entretanto, esse jovem aprendeu a abençoar seu pai - apesar de que isso parecia não trazer mudança na vida ou na postura do velho.

Muito mais tarde, um doutor abalou o pai com um diagnóstico de câncer terminal. Percebendo que ele em breve morreria, seu coração foi amaciado. Em lágrimas, ele pediu perdão ao seu filho por todas as maneiras pelas quais ele errou contra ele. Em breve ele se tornou um crente em Cristo e viveu seus últimos anos como um homem transformado, desfrutando de comunhão com seu filho.

A história de Ralph mostra que dar uma bênção pode não produzir uma mudança instantânea naquele que está sendo abençoado. Contudo, isso livrou Ralph de ter uma postura amarga contra seu pai e permitiu Deus lidar com seu pai de Sua própria maneira e em Seu tempo. Isso é o que Deus prometeu fazer:  “Abençoai aos que vos perseguem... ‘Minha é a vingança; eu recompensarei’, diz o Senhor.” (Romanos 12:14, 19)

Uma Bênção Inesperada para Novos Pais

Um bom exemplo de alguém que estava bem preparado para dar bênçãos aos outros foi o homem Simeão, no Evangelho de Lucas. A vida de Simeão foi marcada não apenas por uma esperança inacabável na vinda do Messias, mas também por justiça e devoção à Deus. E ainda mais importante, ele tinha experiência pessoal da presença e do poder do Espírito Santo. Simeão viveu em Jerusalém, e um dia o Espírito guiou seus passos nos corredores do grande templo. Lá ele viu um certo casal com um bebê recém-nascido, buscando realizar os rituais costumeiros de dedicação do primogênito à Deus.

Imagine a surpresa dos pais quando o velho Simeão caminhou até eles, brilhando com o fogo e o calor do Espírito, e pegou a criança de seus braços. Lucas nos conta que Simeão então “abençoou a Deus” com belas palavras de louvor por aquele menino - descrevendo-O como a salvação de Deus, como a luz das nações, e a glória de Israel.

Sim, o bebê era Jesus, e quando José e Maria ouviram o louvor de Simeão para seu filho, eles “se maravilharam das coisas que dele se diziam” (Lucas 2:33). E notem o que aconteceu depois:  se voltando aos novos pais, Simeão “os abençoou”.

Eis um homem devotado a Deus, um homem cheio do Espírito e caminhando pelo Espírito, um homem que centralizou sua vida em Jesus (pois o Espírito havia revelado para ele “que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor”). De tais realidades espirituais, surgiu de dentro dele uma bênção para Maria e José - duas pessoas as quais, nessa época extraordinária e desafiante de suas vidas, devem ter apreciado quaisquer bênçãos que pudessem obter!

Todas essas realidades espirituais - devoção à Deus, dependência do Espírito e centralização em Cristo - deveriam ser realidades vibrantes em você e eu também. E na medida em que elas se tornam realidades para nós, experimentamos maior liberdade e disposição para aproveitar oportunidades rapidamente para abençoar os outros como Simeão fez.

E quem podem começar a descrever a alegria, poder e liberdade que tais bênçãos trarão ao seu mundo?

A Fonte Transbordante

Ao se concentrar em cada uma das 3 maneiras pelas quais Deus Se revela para nós - como Pai, Filho e Espírito Santo - nós entendemos melhor como as bênçãos são derramadas em nossas próprias vidas com uma plenitude que transborda para os outros.

Quando cantamos, “Louvemos ao Senhor, do qual todas as bênçãos fluem”, nossas palavras são exatas e verdadeiras. As Escrituras várias vezes apontam para Deus o Pai como a frente de uma corrente constante de bênçãos para nós. Mas o nosso conhecimento do que a bênção realmente significa pode expandir drasticamente quando percebemos que a bênção que recebemos é algo que nosso Criador mesmo experimenta e desfruta, em uma medida inimaginável. Nosso Pai celestial é “o Deus bendito” (I Timóteo 1:11) e o “Ele é o bendito e único Soberano” (I Timóteo 6:15), e Ele é “é bendito para sempre”. E é por ser bendito (abençoado) que Suas bênçãos fluem para nós.

Ao prometer a maior demonstração desse fluxo, Deus iguala a Sua bênção do Espírito Santo derramado em Seu povo sedento com as chuvas no deserto:  “Pois derramarei água na terra sedenta, e torrentes na terra seca; derramarei meu Espírito sobre sua prole, e minha bênção sobre seus descendentes.” (Isaías 44:3) Assim como é verdadeiro em relação ao Deus Pai, o bendito Espírito Santo é totalmente e elaboradamente envolvido nas bênçãos que recebemos.

Mestre de Bênçãos

Mas é especialmente em Jesus Cristo, o Filho de Deus, que como seres humanos nós aprendemos e experimentamos grande parte das bênçãos. Jesus - que “andou por toda parte fazendo o bem” (Atos 10:38) - trouxe bênçãos na terra em tudo que Ele disse e fez. Ele abençoava verbalmente os outros até Seu último minuto na terra, conforme Ele se encontrou com Seus discípulos no Monte das Oliveiras antes de Sua ascenção:  “Tendo-os levado até as proximidades de Betânia, Jesus levantou as mãos e os abençoou. Estando ainda a abençoá-los, ele os deixou e foi elevado ao céu.” (Lucas 24:50-51).

Muitos séculos antes disso, o salmista havia clamado ao Cristo em louvor da bênção do Messias: “derramou-se graça em teus lábios, visto que Deus te abençoou para sempre” (Salmos 45:2). O salmista havia previsto que Cristo falaria palavras de bênção através dos lábios da graça, e essas bênçãos fluiriam de Sua própria consciência de ser abençoado para sempre por Deus.

Essa passagem não apenas exalta Jesus de uma maneira única, mas também aponta para a conexão indivisível entre os conceitos de graça e bênção. Nós vemos logo no Evangelho de João que Jesus é “cheio de graça e de verdade” (João 1:14), e nós podemos da mesma forma dizer que Ele é cheio de bênção e de verdade. Uns poucos versículos depois nós lemos que “Todos recebemos da sua plenitude, graça sobre graça.” (João 1:16) ou “uma graça atrás da outra”, como foi traduzido em uma outra versão. A graça maravilhosa que temos em Cristo também significa bênção maravilhosa. E conforme Ele iniciou Seu ministério na terra, ambas Suas palavras e Suas ações foram uma corrente de bênçãos como nada visto ou ouvido antes. Nas primeiras frases do Sermão da Montanha, por exemplo, Jesus falou de bênçãos de uma maneira que expandiu o significado para novas dimensões além do que as pessoas conheciam naquela época - e ainda hoje.

Não há nenhuma dúvida sobre isso:  bênção era o que ocupava a mente de Jesus. Ele é o Mestre das bênçãos. E ainda é!

Em tudo que Ele faz por nós momento a momento, tanto como nosso Sumo Sacerdote intercedendo por nós e como Aquele que habita em nós para cumprir a Sua obra em nossas vidas, Jesus continua a trazer bênçãos para o nosso caminho. Todo dia e toda a hora para nós, em cada situação e relacionamento, o que Paulo diz sobre Jesus no começo de Efésios sempre se aplica:  Nosso Pai amoroso “nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo” (Efésios 1:3). É por sermos tão abençoados que nós podemos abençoar os outros.

Pense nisso! Nós não apenas experimentamos esse encorajamento celestial que dá vida e alegria; mas também podemos direcionar esse fluxo poderoso para os corações dos outros. Como o operador no controle de um canal de águas, nós podemos abrir as comportas e deixar que o rio poderoso da graça de Deus inunde através de nós à medida que abençoamos as pessoas em Seu nome poderoso.

O Poder Do Nome

Então vemos que o poder das nossas bênçãos faladas flui primeiro de tudo da abundância de bênçãos do nosso próprio Criador - e de Sua intenção sábia e amorosa em abençoar Seus filhos com o que é verdadeiramente o nosso maior bem. Quando nós verbalizamos uma bênção sobre os outros, nós temos o privilégio de participar no trajeto da bondade de Deus para eles e em direcioná-los para sua inclusão na vontade do Senhor.

Esse é o porque das nossas bênçãos mais fortes para os outros virem quando invocamos o nome poderoso de Deus, pois esse nome designa Sua personalidade, Seu caráter, Sua vontade, e Seu coração para a bênção de toda a criação. As bênçãos mais poderosas começam, então, com simplesmente falando o Seu nome:  “Deus te abençoe...”

Quando centralizamos nossa vida em Cristo e permitimos que Seu Espírito nos controle, nós nos vemos querendo fazer tudo o que pudermos para aqueles a quem amamos mais - dando a eles os melhores e mais preciosos presentes que podemos. E nada é mais precioso e melhor do que a bênção de Deus. Que maravilhosa é a bênção de Deus nos permitir ser Seus instrumentos para direcionar a Sua bênção em suas vidas!

Tome a Decisão

Deus realmente o tem preparado para ser um canalizador de bênçãos faladas para os outros, não tem? Pense em como Ele tem derramado abundantemente Sua graça em sua vida.

Não importa o quão cansado você se sinta ou quão ocupado você esteja, tome a decisão de dedicar um tempo se concentrando - o primeiro momento disponível hoje ou de noite - em agradecimento e louvor à Deus por Seu rico suprimento de bênçãos em sua vida. Seja específico o máximo que puder sobre o que você tem a agradecê-Lo. Deleite Seu coração dando a Ele sua gratidão.

E com louvor genuíno, fale com Ele sobre o que Seu nome realmente representa para você - em termos de Sua personalidade, Seu caráter, Sua vontade, e Seu coração de bênção.

Amando à Deus com Toda a sua Alma

Amando à Deus com Toda a sua Alma

por Bill Gothard

“A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma” - Salmos 19:7

Quando era adolescente, Doug era atormentado com dúvidas sobre Deus e a Bíblia.

“Mas como sabemos que Deus é real?” ele me perguntava. “Como podemos ter certeza de que a Bíblia é verdadeira?”

E ele me pressionava para obter respostas e então eu finalmente respondi, “Doug, mesmo se eu respondesse a todas as suas questões - agora mesmo, nesse instante - isso não o ajudaria. Está claro para mim que você exaltou sua própria mente acima da Palavra de Deus e do Espírito de Deus. Somente quando você colocar a sua mente, vontade e emoções sob a autoridade de Deus, você entenderá as respostas às suas questões.”

Isso era novidade para Doug.

Ele não estava ciente de que ele havia colocado sua mente acima da Palavra e do Espírito de Deus. E no entanto, esse é o resultado quando dependemos do nosso raciocínio humano para entender as verdades profundas das Escrituras. Esses grandes princípios não são intelectualmente compreendidos na mesma medida em que são discernidos espiritualmente.

E essa é a exata mensagem das Escrituras. “Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.” (I Coríntios 2:11). O conhecimento que adquirimos com o raciocínio humano tende a nos inflar, e no nosso orgulho nós pensamos que podemos compreender totalmente Deus e a Bíblia.

Eu perguntei a Doug se ele havia conscientemente tirado sua mente, vontade e emoções do trono e os colocado sob a jurisdição do Santo Espírito de Deus e da Palavra de Deus. Ele disse que não havia, e eu o incentivei a tomar aquela decisão imediatamente. Ele concordou - mas sua alma não se rendeu pacificamente.

Na sua primeira tentativa, Doug orou, “Ó Deus, eu sei que minha mente e minha vontade estão no trono, e - eu quero tirá-los. Amén!”

Ele abriu seus olhos e olhou para mim.

“Doug, você acabou de dizer à Deus que você queria tirar sua mente e vontade do trono. Agora vamos fazer isso.”

Ele orou de novo. “Senhor, me ajuda a tirar minha mente e vontade do trono da minha vida. Amén!”

“Doug”, eu disse com calma, “Deus vai ajudá-lo. Ele quer ajudá-lo. Mas isso é algo que você precisa fazer com um ato da sua mente, vontade e emoções. Você deve dizer com sinceridade, ‘Deus, eu agora tiro minha mente, vontade e emoções do trono da minha vida e coloco o Seu Espírito e a Sua Palavra no lugar. De agora em diante, o Senhor está no controle dos meus pensamentos, emoções e decisões.”

Em suas próprias palavras, Doug orou esses conceitos para o Senhor. Depois que ele terminou, algo inesperado aconteceu. Todas essas questões que o atormentavam durante tanto tempo de repente pareceram não ter mais importância! Ele agora tinha um discernimento espiritual que o deu nova perspectiva sobre Deus, a Bíblia e toda a sua vida.

Paulo explicou o conflito do raciocínio humano com o discernimento espiritual quando ele escreveu, “Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados” (I Coríntios 1:26).

Jesus disse isso sobre a profunda verdade espiritual, “Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas” (Lucas 10:21). Apenas aqueles que têm uma fé como a de uma criança em um Deus infinitamente sábio compreenderão essas coisas. Pois “o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (I Coríntios 2:14)

Você já sentiu sua esperança e contentamento começando a se manifestar? O discernimento espiritual através dos mandamentos de Cristo nos permite olhar além das circunstâncias e perspectivas para ver aquelas grandes coisas “que Deus preparou para os que o amam” (I Coríntios 2:14).

Convertendo Nossa Alma Com a Lei de Deus

As Escrituras nos contam que “a lei do Senhor é perfeita, e revigora a alma.” (Salmos 19:7). Quando nos tornamos crentes, nosso espírito é nascido de novo. Nossa alma, contudo, deve ser convertida também. A palavra converter significa voltar atrás, mudar totalmente a nossa direção. Isso é o que a Lei de Deus faz às nossa almas com grandes recompensas.

Deus prometeu à Josué que ele teria “bom sucesso” em sua liderança e guerras se ele mantivesse a lei diante dele e meditasse nela dia e noite (Josué 1:8). O testemunho do Salmo 119 é igualmente importante:

Como eu amo a tua lei!
Medito nela o dia inteiro.
Os teus mandamentos
me tornam mais sábio que os meus inimigos,
porquanto estão sempre comigo.
Tenho mais discernimento que todos os meus mestres,
pois medito nos teus testemunhos.
(versículos 97-99)

Jesus esclareceu a lei nos mandamentos que Ele ensinou aos Seus discípulos, e é mantendo os mandamentos de Cristo diante de nossos olhos - com o objetivo de cumprí-los - que demonstramos nosso amor por Ele. Jesus disse, “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos.” (João 14:15)

Os mandamentos de Jesus não apenas convertem nossa mente, vontade e emoções, mas também eles revelam à nós quem o Senhor realmente é. Não é por acaso que Paulo nos exorta “Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria” (Colossenses 3:16). E Tiago nos manda “aceitem humildemente a palavra implantada em vocês, a qual é poderosa para salvá-los” (Tiago 1:21).

Controlando Nossa Alma com Jejum

Alguém já descreveu a vida Cristã como uma batalha feroz entre dois cachorros. Quando um espectador perguntou qual cachorro venceria, o dono respondeu, “Aquele que eu alimento!”

Paulo disse isso de uma outra maneira, “Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam... Quem semeia para a sua carne, da carne colherá destruição; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna” (Gálatas 5:17, 6:8).

Paulo também era bastante consciente da necessidade de controlar os desejos e apetites de sua alma com as disciplinas pessoais. Ele se comparou com um corredor cujo objetivo era ganhar o prêmio:  “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado” (I Coríntios 9:27).

Um dos principais elementos do programa de auto-controle de Paulo era o jejum. Ele afirma que ele estava “em jejum muitas vezes” (II Coríntios 11:27).

Eu ainda me lembro vividamente a primeira vez que eu tentei passar um dia inteiro sem comer. A idéia me veio quando memorizava as palavras de Jesus, “Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” (Mateus 6:17-18).

Um pequeno recinto na minha igreja me proveu o lugar da minha “aventura” espiritual. Com minha Bíblia, um caderno de anotações, e um hinário, eu comecei. Depois do que pareciam ser horas, eu fui à sala ao lado para ver as horas. O relógio me dizia que eu havia jejuado por menos de uma hora!

Aqueles que jejuam experimentam esse fenômeno;  o relógio parece andar mais devagar. Então, se você quer mais tempo para fazer mais tarefas - basta jejuar!

Em poucas horas meu estômago anunciou que era hora do almoço. Agora eu tinha um novo desafio para resolver. Quando eu tentava ler a Bíblia, minha mente visualizava bifes suculentos, sorvetes de chocolate cremoso e milk shakes. Minha alma dizia ao meu espírito, “Parabéns! Você jejuou. Agora vamos comer alguma coisa!” Mas meu espírito recusava, então eu continuei a jejuar.

Depois de várias horas e batalhas contra a minha carne, uma nova empolgante experiência começou para mim. De uma maneira que eu jamais havia conhecido antes em minha vida de jovem, Deus abriu os ricos tesouros de Sua verdade para a minha compreensão espiritual e mostrou como aplicá-los à minha vida. As recompensas espirituais daquele dia me motivaram a repetir isso semanalmente.

Vezes e vezes, as Escrituras afirmam que há recompensas para o jejum em segredo. Esdras jejuou e orou pela segurança contra malfeitores e Deus o protegeu (Esdras 8:21-23). Neemias jejuou e confessou os pecados do povo empobrecido de Deus em Jerusalém, e Deus o concedeu uma estratégia vencedora (Neemias 1:4).

Os anciãos da igreja em Antioquia ministraram para o Senhor e jejuaram, e Deus os instruiu para enviarem Paulo e Barnabé para pregar aos Gentios (Atos 13:2-3). Quando Deus quer fazer algo especial em minha vida ou ministério, Ele me convoca para um período de jejum.

Algo Especial

Num domingo de manhã, eu acordei com um sentido claro de que eu deveria jejuar naquele dia. Mas eu tinha um problema. Eu já havia concordado em comparecer a um jantar com um casal Cristão na cidade vizinha. Como eu poderia honrar minha promessa de estar com eles e ainda honrar ao Senhor no jejum?

Depois da igreja, eu dirigi para a casa deles. Eles me receberam bem e então eu disse, “Eu preciso lhes dizer algo que é muito difícil de explicar.” Eles perguntaram o que era e eu disse, “Essa manhã Deus deixou muito claro para mim que eu devia passar o dia em jejum, mas eu queria honrar meu compromisso de estar com vocês, então, se vocês me permitissem pular a ocasião de comer, nós ainda podemos ter comunhão e ninguém precisa se preocupar comigo.” Eles entenderam imediatamente e me disseram que eu devia seguir a direção de Deus. “Nós podemos comer juntos em outra ocasião,” eles disseram. “Vá para casa e esteja com o Senhor.”

O Senhor honrou aquele dia de jejum de uma maneira impressionante durante a semana seguinte. À noite, eu estava me reunindo com várias gangues de bairro em Chicago -  mas sem obter nenhum resultado espiritual. Na reunião de segunda-feira, no caminho da reunião com uma gangue do sul da cidade, eu vi dois rapazes em jaquetas de couro pedindo carona. Eu parei e os chamei para dentro do carro.

Enquanto dirigia, eu perguntei a eles onde eles moravam. “Aqui na área,” eles resmungaram.

Eu me virei para o jovem do lado da porta e disse, “Qual o seu nome?” Ele me deu seu sobrenome e quase espontaneamente, eu disse, “Seu nome é Bill?”

Ele me olhou com curiosidade temerosa. “Sim,” ele disse.

Eu me virei para o outro rapaz sentado perto de mim e perguntei o seu nome. Ele também me disse seu sobrenome. Eu fiz uma oração rápida. Senhor, qual o primeiro nome dele? O nome Tom veio à minha mente. Então eu perguntei, “O seu primeiro nome é Tom?”

Ambos me olharam admirados. O segundo rapaz disparou, “Como você sabe os nossos nomes? Você é policial?” Eu estava tão surpreso quanto eles e disse, “Seu nome é realmente Tom?” Ele levantou seu braço esquerdo e puxou a manga da jaqueta. No seu braço estavam tatuadas as letras T-o-m.

“Bill e Tom,” eu disse, “Ouçam-me. Eu jamais adivinhei nomes assim antes na minha vida. Obviamente, Deus quer que vocês saibam que o que eu tenho para dizer a vocês agora é tão verdadeiro e importante quanto os seus nomes.”

Depois eu expliquei o Evangelho para eles, eles admitiram que estavam na verdade fugindo de casa para ir à Califórnia. Eu imediatamente percebi que minha habilidade em dizer seus nomes - e a resposta deles ao Evangelho - era resultado direto de Deus preparando meu coração através do jejum. No resto da semana, vários membros de gangue que haviam resistido ao Evangelho clamaram ao Senhor para a salvação.

Quando eu cheguei aos 30 anos, um pensamento me veio à mente, Jesus jejuou durante 40 dias quando Ele atingiu essa idade - por que eu não faço o mesmo? A idéia me pareceu empolgante, e no final de um Dezembro frio, eu viajei para uma cabana em Northwoods que foi uma virada na minha vida.

Durante aquelas preciosas semanas, a temperatura desabou de 34 para 40 graus abaixo de zero do lado de fora com acúmulo de neve de até um metro e meio. Também fazia frio no meu quarto no andar de cima, mas eu experimentei uma proximidade com o Senhor que eu nunca havia conhecido antes. Eu escrevi as lições que Deus me ensinou durante os 15 anos anteriores no trabalho com os jovens e seus pais. Esse material se tornou o livro-texto do Seminário em Conflitos Básicos dos Jovens, cursado por milhões de pessoas ao longo de mais de 30 anos.

Um dos meus objetivos durante o retiro em Northwoods era ler a Bíblia inteira. Quando cheguei ao Salmo 21, eu tive uma experiência pessoal com o Senhor que impactou minha vida desde então. “O rei se alegra em tua força, Senhor; e na tua salvação grandemente se regozija!” (versículo 1)

Essa verdade me preparou para o versículo seguinte. “Cumpriste-lhe o desejo do seu coração, e não negaste as súplicas dos seus lábios” (versículo 2).

Naquele momento, eu tive uma percepção anormal de que Deus me convidava a fazer um pedido à Ele. Eu me lembrei de como Deus se agradou do pedido de Salomão. Eu também queria sabedoria - mas algo mais também. Eu queria experimentar o caminho de vida de Deus, e ter a habilidade de explicá-la aos outros para que eles também o entendessem.

Eu pedi ao Senhor que me desse Sua vida, e habilidade de ensiná-la aos outros. Então eu voltei a ler. Meus olhos pousaram no versículo 4 e um tremor atravessou todo o meu ser. “Vida te pediu, e lha deste, mesmo longura de dias para sempre e eternamente” (versículo 4).

Seguindo o período em Northwoods, eu fui convidado para lecionar um curso de verão no Wheaton College. Eles intitularam o curso de “Conflitos Básicos dos Jovens”. O primeiro curso teve 55 pastores, diretores de grupo jovem e estudantes. No ano seguinte, 120 se matricularam. E então vieram mil;  depois 10 mil, e em breve vieram 28 mil em um único seminário de 32 horas. Verdadeiramente, Deus havia começado a cumprir a promessa de I Coríntios 2:9:

As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,
E não subiram ao coração do homem,
São as que Deus preparou para os que o amam.

Que coisas especiais Deus quer fazer através de você?

Que vidas Ele quer que você toque em nome Dele?

Que portas - além da sua imaginação - Ele quer abrir para você?

Que parte desse mundo trevoso Ele quer iluminar através da lâmpada da sua vida, erguida nas alturas?

Sim, Ele certamente tem coisas incompreensíveis planejadas para nós no céu, para todos os dias da eternidade. Mas Ele também tem planos para usá-lo em Seu serviço nessa vida - nesses poucos dias antes de todos nós reunirmo-nos em Sua presença. E Ele vai usar aqueles que O amaram com toda a sua alma - oferecendo corpo, mente, emoções e vontade totalmente para Ele.

Na verdade, Ele está zeloso para que isso aconteça.

E é um ciúme de infinito amor.

Pontos A Ponderar

Se você nunca tentou jejuar, considere como essa disciplina pode o colocar no caminho para amá-Lo com toda a sua alma. Você pode começar com jejum de um dia - ou até mesmo jejum de uma refeição - e usar esse tempo para buscar seu Pai em segredo. Antes de tentar jejuns extensos de semanas como eu descrevi, consulte seu doutor.