Saturday, November 13, 2010

O Poder de Clamar à Deus

O Poder de Clamar à Deus
Quando a oração se torna poderosa

por Bill Gothard


“Durante a Guerra do Vietnã, eu fui prisioneiro de guerra durante 7 anos;  quase metade desse período em confinamento solitário. Tendo a perna presa por correntes de ferro durante 18 meses, tudo o que eu pude fazer era clamar ao Senhor. Eu não teria sobrevivido se não fosse pela bondade, pela paz e pela graça de Deus.”
Sam Johnson - Deputado americano pelo Texas e coronel reformado da Força Aérea

“No dia da minha angústia clamo a ti, porquanto me respondes.” - Salmos 86:7

O mundo vai se lembrar de 11 de setembro de 2001 por um longo tempo. A maioria das pessoas vai se lembrar dessa data dos horríveis ataques terroristas contra o Pentágono e as torres do World Trade Center que clamaram milhares de vidas inocentes.

Anna, uma jovem de 22 anos, vai se lembrar dessa data por um outro motivo também. Naquele dia, ela foi à uma clínica e começou o tratamento do cancer letal que havia invadido seu corpo.

A filha mais velha dentre 10 irmãs - numa família de mãe solteira - Anna começou a ter dores excruciantes na sua coxa no começo de agosto. No dia 11 de setembro, enquanto o mundo se recuperava das notícias dos ataques aos Estados Unidos, Anna começou quimioterapia contra o linfoma de Hodgkin - que havia se espalhado em seus ossos.

Sim, o doutor havia recomendado um plano de tratamento, mas a perspectiva era bem precária. Anna lutava com os efeitos colaterais de vários medicamentos contra a dor - incluindo morfina. Seu peso caiu drasticamente, e ela tinha tanta dor que precisava de ajuda para apenas andar no seu quarto. Seu câncer estava tão avançado que havia pouca probabilidade de ele retroceder.

Anna trabalhava na sede central do Instituto de Princípios Básicos da Vida. Ela também passou um tempo na Romenia, servindo estudantes e órfãos naquele país empobrecido.

Atordoada e aflita com essa mudança brusca de eventos em sua jovem vida, Anna pediu que os membros mais antigos da igreja a ungissem e orassem por ela. Aqui no ministério, nós também ficamos devastados. Reunindo a equipe, nós clamamos em voz alta ao Senhor: “Ó Senhor, Abba Pai, livre a Anna do câncer e a levante para a Sua glória, em nome de Jesus!”

No dia de Natal, Anna se lembrou do relato da viúva implorando pela sua causa diante do juiz injusto, e passou o dia clamando ao Senhor.

Dois dias depois, ela e sua mãe voltaram ao doutor. Depois de revisar os testes usados para monitorar o câncer, o oncologista, estupefato, declarou que ela estava livre do câncer!

De acordo com os teste, não havia resquício do câncer agressivo que já tinha atingido o estágio 4B, o estágio final antes da morte. Logo depois daquela visita, Anna voltou a esquiar!

O que fizemos? Nós clamamos à Deus. Nós levantamos nossas vozes juntos, buscando Sua misericórdia, Seu poder e Sua cura. E Ele ouviu e respondeu com um verdadeiro milagre médico. (Basta perguntar ao seu doutor).

Será que foi importante ter clamado à Deus, chamando por Ele em alta voz?
Isso é o que vou explicar a seguir.

Em Voz Alta e Clara

“...levanta a tua voz fortemente; levanta-a, não temas...” - Isaías 40:9

Depois de conhecer o Senhor Jesus Cristo e ensinar e estudar Sua palavra por vários anos, foi apenas recentemente que eu fiz uma descoberta que mudou minha vida.

Eu vi que a Bíblia faz distinção entre “oração” e “clamor à Deus”.

O que eu notei desde aquele dia é que Ele vai permitir ou criar circunstâncias que surgirão e que parecerão não ter solução - e então não fará nada para remover o problema.

Até que eu clame por Ele.
E nem um segundo antes disso!

Cada situação parece tão sem saída e às vezes clamar parece inútil. Mas é precisamente essa circunstância que Deus quer para demonstrar Seu cuidado amoroso e Sua mão poderosa de proteção.

Às vezes o clamor vai trazer liberdade de uma dependência emocional;  em outros casos, Deus vai prover cura para uma doença terrível, ajuda em um momento de grave perigo, ou direção clara num momento de profunda perplexidade.

Em cada circunstância, a necessidade de clamar é um lembrete para nos manter humildes e entender a nossa total incapacidade de realizar qualquer coisa significativa para Deus. E o resultado do clamor é uma demonstração maravilhosa de Seu poder sobrenatural para atingir o que é necessário.

Sua promessa ao profeta há tanto tempo atrás é tão verdadeira para nós nesses dias incertos do século XXI:

“Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes.” Jeremias 33:3

Parece incrível, mas o Criador do universo deseja uma comunhão íntima e amorosa com o povo que Ele criou. Respondendo ao Seu amor, nós ansiamos por ter o tipo de oração “eficaz e fervoroso” que o apóstolo menciona em Tiago 5:16. Às vezes, no entanto, esse fervor é difícil de encontrar.

Em momentos de medo, ansiedade e dificuldade, o passo certo em direção à experiência com o livramento poderoso e a proteção de Deus é simplesmente clamar - usar a nossa voz em apelo fervoroso por Sua ajuda.

Tudo isso pode ser surpreendente para você. Você pode pensar “Mas por que isso é necessário? As Escrituras não falam que Deus conhece nossos corações? Quando oramos em nosso coração ou mente, certamente não há necessidade urgente de expressar em voz alta o que Deus já sabe.

É claro que isso tudo é verdadeiro. Ele conhece o nosso coração. E Ele pode ouvir o suspiro mais silencioso por ajuda vindo das maiores profundezas do nosso espírito.

E no entanto, é estranho...

Quando examinamos a Bíblia com nossos olhos e corações totalmente abertos, nós não podemos deixar de ver um padrão repetitivo e princípio inconfundíveis. O povo de Deus, nos momentos de necessidade, clamam com suas vozes por Sua ajuda, e Ele prontamente responde com Seu poder salvador.

Isso não acontece apenas uma ou duas vezes, mas várias e várias vezes.

E não foram só as pessoas mencionadas nas páginas das Escrituras que experimentaram esse fenômeno. Isso acontece ainda hoje todo dia.

Uma Ousadia Toma Conta

O jornal diário Dallas Morning News recentemente exibiu o seguinte artigo do colunista Steve Blow, sob o título “Homem Armado Confronta o Poder da Oração” (28/10/2001): 

Sherman Jackson estava um pouco atrasado para uma reunião de testemunho em sua igreja num Domingo recente à noite.
Mas estava tudo bem. Ele teve uma história e tanto para contar quando ele chegou lá.
Sherman, 36 anos, e sua filha de 7 anos Alexa, haviam parado num posto de gasolina no caminho da igreja...
Quando estavam para ir embora, um rapaz de 30 e poucos anos se aproximou. “Ei cara, eu preciso da sua ajuda,” disse ele. “Você podia me ajudar a recarregar a bateria do meu carro? Eu te pago pela ajuda.”
Sherman se preocupou por um momento em chegar atrasado à igreja. Então ele se repreendeu por pensar naquilo em vez de ajudar alguém.
Então ele convidou o rapaz para o banco do carona. Alexa estava no banco de trás. E ele dirigiu o carro.
Eles não tinham ido muito longe quando o homem enfiou a mão no bolso. “Eu pensei que ele estava tentando pegar algum dinheiro pra me pagar pela ajuda,” disse Sherman. Mas não.
“Ele puxou um revólver com sua mão direita e colocou sua mãe esquerda no meu ombro. Ele apontou o revólver nas minhas costelas e disse, “Olha aqui, cara, isso aqui é de verdade. Você me dá todo o seu dinheiro agora, ou eu vou descarregar essa arma em você.”
Sherman, é claro, ficou aterrorizado. E com raiva de si mesmo por ter colocado a filha dele em perigo.
“Olha, isso é tudo o que eu tenho,” ele disse, oferecendo seu dinheiro.
“Pega tudo.”
Mas o assaltante não acreditou nele. “Você tem mais. Me dá tudo,” ele disse, empurrando a arma com mais força contra as costelas de Sherman.
Sherman, um corretor de seguros em Garland, carrega Bíblias no seu carro com uma nota de dólar em cada uma. Ele doa essas Bíblias para os moradores de rua. O assaltante viu a ponta de uma das notas e começou a gritar com Sherman:
“Você mentiu! Tem mais dinheiro aí.”
Algo veio em Sherman naquele momento, e ele começou a orar em voz alta. “Pai do Céu, me socorre e me livra dessa maldade...”
Ele sentiu uma calma súbita. “Eu perdi todo o medo e aflição,” ele disse. “Uma ousadia tomou conta de mim.”
Ele foi freando o carro e começou a fazer um retorno. O assaltante gritou, “O que é isso?”
“Estou voltando com o carro,” Sheman respondeu, “e eu não vou mais obedecer você.”
O homem colocou a arma contra o peito de Sherman. “Você não entendeu, cara. Você não é nada pra mim. Eu vou puxar o gatilho.”
“Não, é você que não entendeu,” Sherman o interrompeu. “Maior é Aquele que está em mim do que o que há no mundo. Meu Jesus é mais forte que a sua arma.”
Ele pode ver o assaltante puxar o gatilho. O tambor do revólver voltou para trás. Mas Sherman não piscou. Ele saiu da rua e parou o carro.
“Eu quero te falar de Jesus,” ele disse ao assaltante.
O homem hesitou um momento, baixou a arma e a cabeça. Quando ele levantou a cabeça novamente, ele estava chorando. “Me desculpa, cara. Me desculpa,” ele disse. “Eu ia atirar em você.”
“Está tudo bem. Eu te perdôo,” disse Sherman. E então ele começou a falar da nova vida através da fé em Jesus.
Sherman mandou o rapaz ir à igreja com ele, mas ele recusou. Ele pediu que Sherman o levasse até o carro dele no estacionamento de uma loja.
No caminho, o rapaz começou a contar todos os seus problemas a Sherman. Ele disse que seu nome era mike e levantou a mão para apertar a mão de Sherman. Sherman continuou a falar com ele sobre começar uma nova vida com Deus.
Quando eles chegaram à loja, Sherman disse, “E por falar nisso, Mike, eu quero meu dinheiro de volta.”
“O que?!”, Mike exclamou. Mas ele acabou entregando o dinheiro de volta.
“E,” Sherman continuou, “você vai levar esse Novo Testamento, e você vai ler como nunca leu outra coisa na sua vida. E eu vou orar por você, Mike, para que Deus entre em sua vida.”
Eles pararam do lado do carro de Mike. “Ele saiu,” disse Sherman, “com um revólver numa mão, a Bíblia na outra mão, e lágrimas nos olhos.”
E Sherman foi para a igreja.

Alguns leitores escreveram para o colunista dizendo que eles não acreditavam naquela história. Um artigo posterior no mesmo jornal, contudo, revelou que “Mike” era suspeito de envolvimento em “uma série de 15 ou mais assaltos praticamente idênticos naquela área.” Os policiais informaram a Sherman que ele foi o único que teve seu dinheiro de volta. Umas poucas semanas depois, Mike foi capturado e hoje está em contato frequente com Sherman.

Naquele momento assustador quando uma arma foi apontada no seu peito e Sherman Jackson pronunciou seu clamor à Deus, ele estava seguindo o exemplo repetido em toda a Palavra de Deus - e ao longo da história. Deus ouviu e agiu - assim como Ele tem respondido várias e várias vezes ao clamor do Seu povo.

E da mesma forma Ele anseia em responder à você.

Pontos a Ponderar

A sua vida de oração tem o poder que você deseja? Você já imaginou o porque suas orações parecem não chegar “aos ouvidos de Deus”? Você quer experimentar maiores resultados das suas orações?

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